Os herbários são coleções biológicas que visam documentar a ocorrência de plantas e fungos do nosso planeta utilizando amostras secas e prensadas chamadas exsicatas. Existem 18 herbários em Minas Gerais, que guardam mais de meio milhão de amostras. Desses, o maior é o da UFMG (conhecido pelo acrônimo BHCB), que possui cerca de 200 mil amostras, especialmente das floras mineira e brasileira.
O herbário BHCB foi criado em 1969 junto ao Departamento de Botânica. Após a implementação dos programas de pós-graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre (1989) e em Biologia Vegetal (2000), o acervo expandiu-se, impulsionado pelas pesquisas na área de biodiversidade. Em média, seis mil amostras são incorporadas todo ano ao acervo. Atualmente, o BHCB faz parte do Centro de Coleções Taxonômicas, órgão complementar do Instituto de Ciências Biológicas. Apesar de ter apenas 51 anos, o herbário BHCB conta com expressivas coleções, com destaque para os mais de 1000 tipos (amostras usadas na descrição de espécies novas) e para o acervo histórico coletado pelo botânico Mello Barreto nas décadas de 30 e 40.
O BHCB disponibiliza acesso on line a seus registros e imagens na plataforma Species Link. Desde 2012, o domínio já recebeu mais de 90 milhões de visitas, com cerca de 28 milhões de registros baixados, alimentando a pesquisa científica brasileira e mundial. Apesar da importância, os herbários sofrem com a falta de recursos e de uma política nacional de valorização das coleções taxonômicas. A triste sina é serem lembrados somente quando, tragicamente, seus acervos são perdidos.
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Exsicata de Solanum mellobarretoi e vista do acervo. Imagem: João Renato Stehmann |
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