A estranha flor-cadáver do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG

Uma presença inusitada vem chamando a atenção no Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG: a flor-cadáver, como é conhecida a espécie de planta Amorphophallus konjac, foi encontrada em um trecho na mata do museu. Ela leva esse nome pelo cheiro desagradável que exala da parte estéril da enorme inflorescência que produz, que serve para atrair moscas, os prováveis agentes polinizadores.
Proveniente do continente asiático, mais comumente na China e Japão, apesar do seu cheiro ruim, a planta é muito valorizada como espécie ornamental, medicinal e até mesmo culinária, pois possui um bom valor nutricional.
Sua presença no Museu, de acordo com relatos de funcionários, pode ser oriunda de um descarte de plantas ornamentais, provavelmente em meados dos anos 90, quando houve uma transferência de um agrônomo do museu para outro setor. Acredita-se que possa ser desse período devido a limpeza da estufa desse agrônomo de onde foram descartadas várias plantas.
Em conversa com a bióloga do jardim botânico do museu, Flávia Faria, foi explicado que por ser exótica aqui no Brasil, todas as flores-cadáver encontradas foram retiradas da mata do museu, algumas estão sendo cultivadas em vasos com devido acompanhamento para retirada dos frutos, evitando assim sua proliferação. E a ideia agora é ir monitorando o cultivo em vasos e no próximo florescimento realizar ações de divulgação desta espécie curiosamente tão diferente.


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